O IMPACTO DO ESTRESSE NO DESENVOLVIMENTO E PROGRESSÃO DO CÂNCER
Palavras-chave:
ESTRESSE, IMPACTO, CÂNCERResumo
Introdução: Estudos têm demonstrado que o estresse pode afetar o corpo de várias maneiras, desde a supressão do sistema imunológico até a promoção de processos inflamatórios, ambos cruciais no desenvolvimento e progressão do câncer. O estresse ativa o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), levando à liberação de glicocorticoides, como o cortisol. Este hormônio tem efeitos profundos sobre o sistema imunológico, incluindo a supressão de respostas imunes que são essenciais para a identificação e destruição de células cancerígenas. Além disso, o estresse crônico pode promover um estado de inflamação sistêmica de baixo grau, que é um ambiente propício para a carcinogênese. No nível comportamental, o estresse pode levar a uma série de comportamentos de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação pouco saudável e sedentarismo, todos conhecidos fatores de risco para o câncer. Indivíduos sob estresse também podem apresentar menor adesão aos tratamentos médicos e menos probabilidade de participar de atividades de promoção de saúde, como exames de rastreamento do câncer, o que pode levar a diagnósticos tardios e pior prognóstico. Objetivo: O objetivo principal deste trabalho é analisar o impacto do estresse no desenvolvimento e progressão do câncer. Método: A metodologia deste trabalho inclui uma revisão sistemática da literatura científica disponível em bases de dados como PubMed, Scopus e Google Scholar. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 20 anos para garantir a relevância e atualidade das informações. Resultados e discussão: Os resultados desta revisão indicam que o estresse pode influenciar o desenvolvimento e progressão do câncer por meio de vários mecanismos. A ativação crônica do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) e a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, podem afetar o sistema imunológico, reduzindo a vigilância imunológica contra células tumorais. Entretanto, o estresse pode promover inflamação crônica que favorece a carcinogênese. Há uma crescente evidência de que o estresse pode influenciar o risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer, como o câncer de mama, próstata e ovário. Toda via, para indivíduos que já foram diagnosticados com câncer, o estresse pode afetar a progressão da doença e a resposta ao tratamento. Considerações finais: Foi possível compreender que o estresse crônico influencia no desenvolvimento de certos tipos de câncer, como o câncer de mama, próstata e ovário, promovendo um estado de inflamação sistêmica de baixo grau que leva a uma série de comportamentos que são fatores de riscos para o câncer. Com isso, os indivíduos com uma taxa alta de estresse podem apresentar progressão da doença e menor adesão aos tratamentos médicos.