O ANALFABETISMO FUNCIONAL
UM REFLEXO DAS DESIGUALDAES SOCIAIS E CULTURAIS
Palavras-chave:
ANALFABETISMO FUNCIONAL, PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, EDUCAÇÃO CRÍTICA E TRANSFORMADORAResumo
Introdução: O analfabetismo funcional, uma condição que afeta indivíduos que, embora capazes de ler e escrever, não conseguem interpretar textos complexos, é um problema significativo no Brasil. Este fenômeno está entrelaçado à qualidade desigual da educação e às condições socioeconômicas adversas. De acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), 3 em cada 10 brasileiros são analfabetos funcionais. Nesse caso é essencial que se discuta essa situação, enfatizando a necessidade de uma educação inclusiva e transformadora. De acordo com Silva (2022), “o analfabetismo funcional não é apenas uma questão de habilidade, mas um reflexo de desigualdades estruturais que limitam o acesso a uma educação de qualidade”. Objetivo: Analisar o analfabetismo funcional no contexto escolar brasileiro, com ênfase nas suas implicações para o desenvolvimento educacional e social dos alunos. Ao investigar essa temática é perceptível que as estratégias pedagógicas, fundamentadas em uma abordagem crítica da educação, auxilia e promove não apenas o domínio das habilidades básicas de leitura e escrita, mas também o desenvolvimento de competências interpretativas e analíticas que possibilitem aos estudantes uma participação ativa e crítica na sociedade. Método: Adotando uma abordagem qualitativa, este estudo é baseado em revisão bibliográfica e análise de conteúdo. Autor como Paulo Freire, reconhecido por sua defesa de uma educação crítica e emancipadora é amplamente referenciado nesta pesquisa. Resultados e discussão: O estudo demonstra que a precariedade do ensino e a falta de formação crítica dos professores são fatores que perpetuam o analfabetismo funcional. Isso impacta diretamente na exclusão no ambiente escolar e afetam a eficácia das práticas pedagógicas. Contudo, uma abordagem pedagógica crítica e transformadora consegue visualizar as questões sociais e culturais, que são desafiadoras para a escola, o que pode melhorar a compreensão leitora dos alunos. Além disso, o uso de práticas eficazes na sala de aula pode combater o analfabetismo funcional, pois priorizará o desenvolvimento de habilidades críticas de leitura e escrita, essenciais para a participação ativa do aluno na sociedade. Considerações finais: O analfabetismo funcional espelha profundas desigualdades sociais e educacionais no Brasil, privando muitas crianças e adolescentes de uma educação de qualidade e limitando suas oportunidades futuras. A superação desse desafio demanda reformas estruturais no sistema educacional, com maior investimento em infraestrutura e na formação de professores. Segundo Oliveira (2023), “uma abordagem pedagógica que valorize o aluno como sujeito ativo na construção do conhecimento é fundamental para a transformação social”. O sucesso dessas intervenções depende de uma reforma educacional abrangente, que promova a valorização dos educadores e implemente políticas públicas que garantam a equidade no acesso, permanência e sucesso do aluno no âmbito escolar. Apenas assim pode-se combater o analfabetismo funcional de maneira eficaz, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos tenham a oportunidade de desenvolver plenamente suas habilidades e competências.