DEPRESSÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
REPERCUSSÕES NA ESCOLARIDADE
Palavras-chave:
DEPRESSÃO, CRIANÇA, ADOLESCENTEResumo
A depressão atualmente acomete milhares de pessoas no mundo todo, sendo um dos mais profundos transtornos mentais. A depender da fase do desenvolvimento, o indivíduo manifesta sintomas distintos, característicos de sua faixa etária. Este estudo teve como objetivo compreender como a depressão se manifesta em crianças e adolescentes e sua relação com os problemas escolares e a evasão escolar, além de explorar os sintomas, possíveis tratamentos e como é diagnosticado o transtorno nessas etapas específicas do desenvolvimento. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica, buscando artigos sobre esse tema. Os bancos de dados usados foram SciELO e Google Acadêmico. O resultado do estudo mostrou evidências de que a depressão na infância está ancorada principalmente em fatores psicossociais, como falta de amigos e medo da rejeição. Os sintomas nas crianças se manifestam de uma maneira diferente da fase adulta como: falta de energia, desinteresse em brincar, choro fácil e ansiedade de separação na fase escolar. O cansaço, a dificuldade de concentração, as alterações da memória, são as complicações deste quadro que afeta muito o rendimento escolar e a aprendizagem, trazendo consequências preocupantes no desenvolvimento cognitivo, afetivo e comportamental desses sujeitos. Já os sintomas da depressão na adolescência se assemelham muito aos do adulto, mas podem ser demonstrados de diferentes maneiras, sendo os mais comuns a irritabilidade, as explosões de raiva, e instabilidade. Os adolescentes, estão mais suscetíveis a comorbidades do quadro depressivo, que pode atrapalhar de forma significativa seu desempenho escolar. Entre as comorbidades estão o transtorno de conduta e transtornos alimentares, além do uso excessivo de álcool e drogas que pode levar ao baixo desempenho e faltas no ambiente escolar. Outros sintomas mais frequentes são isolamento, alterações no sono, baixa autoestima, sentimentos de desesperança, culpa, e até mesmo ideias e tentativas de suicídio. Os fatores que aumentam a tendência da criança e adolescente ter depressão são os fatores sociais, biológicos, sociodemográficos e os fatores psicológicos. No diagnóstico não se faz necessário a apresentação de todos os sintomas listados, afinal cada quadro é único e pode sofrer pequenas variações. No tratamento para a depressão devem ser iniciadas a psicoterapia individual, a orientação aos pais e à escola. A psicoterapia ajuda os indivíduos em questão a aprender a reconhecer e controlar seus pensamentos e sentimentos. Acredita-se que a terapia cognitiva-comportamental é mais efetiva para o tratamento da depressão em crianças e adolescentes, em razão do seu tempo, sua estrutura bem definida e o uso de técnicas e testes de simples aplicação. Em adolescentes, é usada a psicoterapia associada à psicofarmacologia nos casos mais graves. Como conclusão, são necessários mais estudos que foquem na evasão escolar ligada a depressão nas crianças e adolescentes, afinal nesta fase, conforme se observou, este transtorno pode acarretar consequências no desenvolvimento tanto escolar quanto pessoal. A conclusão perante o estudo mostrou como é confuso e difícil enxergar este transtorno em crianças e adolescentes, pelos sintomas mascarados e por serem considerados conflitos naturais da fase.