CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON DURANTE A GESTAÇÃO

Autores

  • Eloisa Lopes
  • Giovanna Gomes de Godoi
  • Elisangela Ramos de Oliveira

Palavras-chave:

CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON, MATERNIDADE, CUIDADOS

Resumo

Introdução: Atualmente as cesárias têm sido mais frequentes do que comparado com os anos passados, esse procedimento cirúrgico antes indicado para casos mais graves ou que trouxessem risco a vida da mãe ou do bebê tem se tornado um assunto preocupante, sendo o Brasil o segundo país com mais cesáreas no mundo, com uma taxa 55%, ultrapassando a recomendação instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 10% a 15% de cesáreas realizadas por ano. Assim em 2015 a OMS recomendou o uso da classificação de Robson, uma ferramenta eficaz que promove a monitorização, avaliação e comparação entre as taxas de necessidade ou não de cesárea utilizada todo o mundo. Ademais, a correta classificação das vias de parto é essencial para orientar as gestantes e conscientizar os profissionais de saúde, garantindo que a mulher tenha autonomia na escolha do que é melhor para ela e seu bebê. Ao estar bem informada, a mulher se sente empoderada, e a equipe deve atuar como facilitadora, evitando intervenções desnecessárias. Isso possibilita uma experiência positiva e significativa para mãe e filho. Objetivo: O presente estudo buscou compreender o que a literatura trás sobre a aplicação da Classifica de Robson no pré-natal, pré-parto, parto. Método: O presente artigo trata-se de um resumo simples de revisão bibliográfica de 5 artigos publicados nos últimos 5 anos, como critérios de inclusão foram utilizados artigos disponibilizados completos em português que condissessem com o objetivo estabelecido. As bases de dados utilizadas foram: SciELO e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) com os descritores Classificação de Robson, Maternidade e Cuidados. Resultados e discussão: A classificação de Robson, também conhecida como Classificação de Robson para Parto Cesáreo, é um sistema utilizado para categorizar as parturientes e analisar as taxas de cesáreas em diferentes grupos. Criada em 2001 pelo médico irlandês Michael Robson, tendo como objetivo principal, a identificação dos grupos de mulheres que necessitam da realização de um parto cesárea. A classificação divide as mulheres em 10 grupos, com base em características como: Paridade (se já tiveram filhos ou não); Tipo de trabalho de parto (se é parto vaginal ou cesárea anterior); e Condições obstétricas (como a apresentação do feto e presença de complicações), permitindo que o médico e/ou enfermeiro promova os cuidados necessários de acordo a classificação da gestante, diminuindo o índice de cesárias desnecessárias e promovendo uma melhor experiência para a mãe e o bebê. Considerações finais: É possível observar que a classificação de Robson é uma ferramenta valiosa que disponibiliza uma avaliação de mulheres em trabalho de parto, facilitando a análise da indicação para o parto cesárea. Ao identificar padrões em grupos com maior probabilidade de cesárea, nos permite intervenções direcionadas e promoção transparência nos dados entre instituições de saúde. Além de focar na qualidade do atendimento, aumentar a autonomia da gestante em relação as escolhas para ela e o bebê, ajuda a evitar cesáreas desnecessárias e possibilita comparações entre diferentes contextos. Em suma, a classificação contribui significativamente para aprimorar os resultados na assistência ao parto e na saúde materno-infantil.

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Publicado

2024-10-26

Como Citar

LOPES, Eloisa; GODOI, Giovanna Gomes de; OLIVEIRA, Elisangela Ramos de. CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON DURANTE A GESTAÇÃO. Anais do Encontro de Iniciação Científica e Pesquisa das Faculdades Integradas de Jaú, Jaú, Brasil, n. 21, 2024. Disponível em: http://portal.fundacaojau.edu.br:8077/journal/index.php/enic/article/view/1049. Acesso em: 4 set. 2025.