COMO A DOENÇA DE ALZHEIMER AFETA FISICAMENTE, SOCIALMENTE E PSICOLOGICAMENTE OS INDIVÍDUOS
Palavras-chave:
DOENÇA DE ALZHEIMER, IMPACTO SOCIAL, IMPACTO MENTAL, IMPACTO FÍSICOResumo
A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo que afeta mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo, causando uma deterioração progressiva da identidade pessoal e comprometendo a capacidade de recordar entes queridos, o que frequentemente resulta em solidão e dependência. Este transtorno caracteriza-se por um declínio acentuado das funções cognitivas, incluindo memória, raciocínio e linguagem, além de manifestar-se através de alterações neuropsiquiátricas e comportamentais. O surgimento da DA está associado ao processamento inadequado de proteínas no sistema nervoso central, levando ao acúmulo de fragmentos tóxicos que afetam os neurônios, resultando em uma perda celular significativa em áreas críticas do cérebro, como o hipocampo, responsável pela memória, e o córtex cerebral, essencial para o raciocínio e a linguagem. A progressão da doença pode ser dividida em quatro estágios clínicos, que variam desde as primeiras alterações na memória até o estágio terminal, onde o paciente se torna totalmente dependente de cuidados. O objetivo deste estudo é investigar como a DA impacta os indivíduos nas esferas social, física e mental, buscando compreender as transformações que ocorrem e os desafios enfrentados tanto pelos pacientes quanto pelos cuidadores. Para isso, foi adotada uma metodologia qualitativa e exploratória, baseada em dados secundários provenientes da literatura acadêmica e de fontes confiáveis. Os resultados analisados revelaram um efeito significativo da DA nas interações sociais dos pacientes, que frequentemente relatam sentimentos de isolamento e solidão à medida que a doença avança. Os cuidadores, por sua vez, também enfrentam desafios emocionais, experimentando estresse e exaustão devido à pressão imposta pelo cuidado constante. A pesquisa também destacou que as dinâmicas familiares costumam ser alteradas, com conflitos relacionados à divisão de responsabilidades. Além disso, o impacto físico da DA é notável, resultando em um declínio funcional que dificulta atividades diárias e aumenta o risco de quedas e acidentes, enquanto a coexistência de comorbidades, como doenças cardiovasculares e diabetes, é frequentemente observada. No que diz respeito ao impacto mental, as alterações cognitivas trazem frustração e confusão, levando a uma alta prevalência de sintomas de depressão e ansiedade. Esses achados sublinham a importância de suporte psicológico não apenas para os pacientes, mas também para os cuidadores. Em conclusão, a pesquisa ressalta a complexidade dos impactos da Doença de Alzheimer, enfatizando a necessidade de uma abordagem holística e multidisciplinar no tratamento. Essa abordagem deve considerar não apenas as dimensões cognitivas, mas também os aspectos sociais, físicos e emocionais da doença, visando a melhoria da qualidade de vida para todos os envolvidos, incluindo pacientes, cuidadores e familiares.