A PAIXÃO E O CÉREBRO
O QUE ACONTECE QUANDO NOS APAIXONAMOS?
Palavras-chave:
PAIXÃO, DOPAMINA, AMOR, NEUROTRANSMISSORES, CÉREBROResumo
Introdução: A paixão é um sentimento intenso, de curta duração, conhecido pela ciência como estados psicológicos que alteram o sistema límbico. É a primeira fase do amor, com duração média de 12 a 24 meses, sendo regulada por fatores fisiológicos, com sintomas físicos e psíquicos, ou seja, é regulada por hormônios e neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelo próprio organismo que causam alterações no corpo e no cérebro. Objetivo: identificar os neurotransmissores e hormônios inerentes a esse estado da paixão, demonstrando os principais aspectos envolvidos em um cérebro apaixonado. Método: Foi realizada revisão de literatura na modalidade integrativa, na base de dados Scielo, bem como em livros, em um recorte temporal de 2018 e 2022. Resultados e Discussão: Dois hormônios estão diretamente ligados à paixão: a ocitocina e a vasopressina, atuando como neuropeptídeos. Estes estão relacionados ao apego, que nos fazem ter preferência por determinado indivíduo, considerado-o mais atraente para nosso cérebro. Os receptores de ocitocina e vasopressina atuam em uma região do cérebro, conhecida como sistema ou circuito de recompensa. O estímulo recompensador envolve dois elementos: a motivação e o prazer. A motivação tem aspectos importantes: o primeiro nos faz observar uma pessoa “alvo”, que nos chama a atenção; o segundo é emocional e comportamental, fazendo com que persistamos na conquista dessa pessoa, buscando nossa satisfação. O prazer está diretamente associado a um neurotransmissor denominado dopamina, que dá o nome de sistema dopaminérgico ao sistema de recompensa. Logo, a paixão é reconhecida como um estado hiper dopaminérgico, ou seja, influenciando um estado intenso de motivação e prazer. Durante essa fase o indivíduo demonstra ter mais disposição, ímpeto em realizar ações, aumento do desejo sexual e motivação. Outra substância química envolvida na paixão é a serotonina, que tem seus níveis reduzidos nessa fase. Ela também é associada ao transtorno obsessivo compulsivo, justificando o fato de que durante a paixão existirem alguns traços obsessivos, como pensamentos fixos e ideias invasivas. Outro hormônio envolvido na paixão é o cortisol, que se eleva, causando sintomas de euforia e ansiedade e, em alguns momentos, de insegurança. Conclusão: O presente trabalho possibilitou averiguar os principais hormônios e neurotransmissores que são responsáveis por nossas emoções e alterações fisiológicas, enquanto estamos apaixonados, demonstrando os mecanismos cerebrais envolvidos na paixão, bem como a contribuição da ciência nesse estado físico e mental.