CUIDAR DO PACIENTE ONCOLÓGICO:
IMPACTOS NA EQUIPE DE ENFERMAGEM
Palavras-chave:
Oncologia, Profissionais de enfermagem, Transtorno mental comum, Saúde mental.Resumo
O perfil demográfico e estresse laboral associado à equipe de enfermagem, vem sendo discutido dentre os assuntos da atualidade, trazendo um cenário preocupante devido ao aumento de transtorno mental comum em várias categorias. Com o aumento dos casos de câncer consequente do estilo de vida, genética e fatores biológicos se faz necessário mais profissionais para o cuidado desses pacientes em situações delicadas exigindo dedicação e responsabilidade. Nesse contexto os profissionais muitas vezes encontram-se sobrecarregados estando expostos a quadros de sofrimentos mentais variados. O objetivo era de investigar a prevalência do transtorno mental comum entre profissionais de enfermagem de uma instituição hospitalar de cuidado oncológico no interior do estado de São Paulo. Trata-se de pesquisa de caráter descritivo, quantitativa, transversal, sendo utilizado o Self-Reporting Questionaire (SRQ-20), instrumento validade para rastreamento de transtorno. Participaram da presente pesquisa 170 profissionais que compõem as equipes de enfermagem da instituição, de um universo de 345 profissionais alocados nos setores participantes. Desses profissionais, 52 tratam-se de Enfermeiros, 113 Técnicos de Enfermagem e cinco auxiliares de enfermagem, sendo abordado os plantões diurnos e noturnos, e entre os sexos feminino e masculino. A taxa de prevalência geral para casos sugestivos de TMC encontrada foi de 24,8%, sendo mais acentuada no sexo masculino com 38,6%. As prevalências gerais encontradas, dos casos sugestivos de TMC entre os turnos, foram de 24.5% entre os profissionais do diurno e 45.5% do noturno. Esses dados revelam um Odds Ratio de 1,39, indicando ser o plantão noturno de maior risco no desenvolvimento do transtorno. Baseado em resultados positivos para TMC, destaca- se a importância das instituições terem um olhar de resguardo para saúde mental dos trabalhadores, podendo assim identificar e evitar precocemente transtornos relacionados ao estresse no trabalho, tendo uma escuta ativa, bem como ofertar apoio a esses profissionais.
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