A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E A FINITUDE INFANTIL EM UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
mortalidade infantil, cuidados paliativos, saúde da criança, unidade de cuidados intensivos, enfermagemResumo
A concepção de finitude da vida sempre foi uma pauta a ser debatida entre os profissionais da saúde, em especial, aos enfermeiros que sempre lidaram com situações de morte desde a origem da profissão. Atualmente, ainda há desafios em relação aos cuidados paliativos e óbitos. Quando esse cenário ocorre na população infantil, a complexidade e enfrentamento ao luto é maior. Diante disso, os profissionais de enfermagem que atuam em setores de unidades intensivas neonatais e pediátricas, que vivenciam essas situações diariamente, precisam receber preparo e formação adequada. Objetivo: Identificar na literatura nacional e internacional sobre a preparação dos enfermeiros para cuidados paliativos e óbitos neonatais e pediátricos em unidades intensivas. Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura, a fim de compreender, de forma ampla, as evidências científicas em relação ao preparo dos enfermeiros para o enfrentamento de cuidados paliativos e óbitos neonatais e pediátricos no contexto das unidade de cuidados. Resultados: Foi evidenciado a maior produção científica no ano de 2023, 39,03% produzidas em países desenvolvidos, 34,14% delas em métodos qualitativos e apenas 46,97% voltados para os enfermeiros. Ademais, houve variedade de temáticas, como abordagens, e experiências dos enfermeiros em relação aos cuidados paliativos e óbitos infantis; sofrimento psicológico e moral dos enfermeiros, dilemas éticos devido a tomada de decisão; enfrentamento ao luto; sobrecarga de trabalho desses profissionais nos respectivos setores e instrumentos utilizados para avaliar os cuidados paliativos neonatais e pediátricos. Discussão: O estudo sobre a temática é de grande importância para os enfermeiros, mas a maior parte das publicações científicas ainda se encontram com restrição de acesso. Ademais, houve uma crescente de publicações após o período pandêmico, contrapondo o cenário mundial. Percebe-se o distanciamento acadêmico e assistencial, não abordagem do tema durante a graduação e falta da educação continuada dos enfermeiros. Além disso, há um despreparo para reconhecimento de estratégias de enfrentamento ao luto. Dessa forma, esses profissionais estão expostos ao constate contato com sofrimento, o que gera fadiga de compaixão e exaustão psicológica. Conclusão: Portanto, fica evidente a existência de lacunas no processo de preparação desses profissionais e a necessidade de maior produção científica voltada para os enfermeiros que atuam em unidades intensivas neonatais e pediátricas em relação aos cuidados paliativos e óbitos infantis. Os estudos frente ao tema auxiliam os profissionais na compreensão de melhores práticas assistenciais, conhecimento de enfrentamento ao luto, desenvolvimento de tecnologias e empoderamento profissional.
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