SEXUALIDADE DO PACIENTE ONCOLÓGICO

Autores

  • Marina Fiorelli Morgado
  • Mariana Pereira Cardoso
  • Victor Campos
  • Alessandro Gabriel Macedo Veiga

Palavras-chave:

PACIENTE, ONCOLOGIA, SEXUALIDADE, AUTOIMAGEM

Resumo

Introdução: A sexualidade é um aspecto fundamental da vida humana, envolvendo a expressão física, emocional e social. O corpo não deve ser visto somente como fonte de prazer, pois desde o nascimento, possibilita o sentir, o compreender e se contatar com o mundo. A sexualidade muitas vezes é negligenciada e pouco discutida durante o processo saúde e doença, para o paciente oncológico pode afetar significativamente sua qualidade de vida, autoestima e bem-estar emocional. O diagnóstico e o tratamento podem causar mudanças físicas e emocionais, como a fadiga, dor, náuseas, alterações hormonais, perda de cabelo, mastectomia, colostomia ou disfunção erétil, vindo a impactar na vida sexual e autoimagem. É importante destacar que a sexualidade envolve intimidade, afeto, comunicação e conexão emocional com o parceiro. Portanto, mesmo que a atividade sexual seja afetada, é possível manter uma vida sexual saudável. Objetivo: Refletir sobre a sexualidade do paciente oncológico. Método: Revisão da literatura nas bases de dados: Google acadêmico, Lilacs, Medline e Sciello, por meio das palavras-chave: paciente, oncologia, sexualidade, autoimagem, no período de 14/02/2023 a 01/03/2023. Critérios de inclusão: artigos selecionados nos últimos cinco anos (2018 a 2023), disponíveis nos idiomas português e inglês. Critérios de exclusão: artigos que não se relacionavam com o objetivo. Resultados e discussão: Conforme pesquisa realizada, evidenciou como principais reclamações a redução do desejo e a falta de interesse na vida sexual, desconforto durante o ato sexual, ressecamento e estreitamento do canal vaginal, aumentando a dificuldade em atingir o orgasmo. É observado que mulheres que passaram por quimioterapia têm um risco aumentado de vivenciar a disfunção sexual em comparação com aquelas que não passaram por esse tipo de terapia. Isso ocorre devido à ocorrência de menopausa precoce, atrofia vaginal, anorgasmia, fadiga e dor. As pesquisas indicam que mulheres afetadas por neoplasias, que mantinham um relacionamento estável e harmonioso com seus parceiros, têm maior probabilidade de continuar vivendo uma relação harmoniosa mesmo após o diagnóstico da doença. Esse fato contribui para a reorganização e reconstrução da estrutura familiar, apesar dos desafios físicos, emocionais e sociais impostos pelos tratamentos. Por outro lado, relacionamentos que já apresentavam problemas tendem a se deteriorar ainda mais ou chegar ao término. Considerações finais: É essencial que os pacientes se sintam à vontade para expressar suas preocupações e dúvidas sobre sexualidade, sendo prioridade ser abordado durante as consultas, recebendo informações e orientações para enfrentar as mudanças físicas e emocionais. Além disso, é importante envolver o parceiro no processo de cuidado, criando um plano terapêutico que envolva o casal, realizando uma psicoeducação que os encorajem a discutir seus medos e anseios, capacitando-os ao enfrentamento das dificuldades. Assim, a sexualidade do paciente oncológico é um aspecto importante que merece atenção durante o tratamento. Dessa forma, abordagem da sexualidade deve ser integral, multidisciplinar e centrada no paciente, os profissionais de saúde devem estar treinados para abordar sobre a sexualidade. Essas medidas têm o potencial de aliviar sintomas de insegurança e medo, proporcionando melhor qualidade de vida ao casal.

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Publicado

2023-09-30

Como Citar

MORGADO, M. F.; CARDOSO, M. P.; CAMPOS, V.; VEIGA, A. G. M. SEXUALIDADE DO PACIENTE ONCOLÓGICO. Anais do Encontro de Iniciação Científica e Pesquisa das Faculdades Integradas de Jaú, Jaú, Brasil, v. 20, 2023. Disponível em: https://portal.fundacaojau.edu.br:4433/journal/index.php/enic/article/view/276. Acesso em: 12 jan. 2025.