A EFICACIA DA LISDEXANFETAMINA EM PACIENTES COM DÉFICIT DE ATENÇÃO QUE FAZEM USO CONCOMITANTE DE ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS E ATÍPICOS
Palavras-chave:
LISDEXANFETAMINA, TDAH, ANTIDEPRESSIVOS, EFICÁCIAResumo
Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é classificado como um transtorno hipercinético, caracterizado por uma atividade global desorganizada, incoordenada e excessivamente inquieta. Os sintomas desse transtorno começam a se manifestar na infância, por volta dos 3-4 anos de idade, e podem persistir na vida adulta se não forem devidamente tratados. O TDAH é mais prevalente no sexo masculino, com uma relação de 4:1 em relação ao sexo feminino. Estima-se que cerca de 5% das crianças e adolescentes em todo o mundo tenham um diagnóstico médico de TDAH. Esses números demonstram que o TDAH é considerado um transtorno comum, o que levanta uma preocupação crescente na saúde pública em nível global. Os medicamentos estimulantes, como a lisdexanfetamina, são amplamente utilizados no tratamento do TDAH, demonstrando eficácia na redução dos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. No entanto, muitos pacientes com TDAH também são afetados por outras condições, como transtornos depressivos, para os quais são prescritos antidepressivos tricíclicos e atípicos. Atualmente, existem poucas informações científicas disponíveis sobre essa combinação específica de medicamentos e sua eficácia no tratamento do TDAH. Portanto, esta revisão de literatura tem como objetivo preencher essa lacuna, fornecendo uma análise abrangente dos estudos existentes e conclusões alcançados até o momento. Objetivo: Através de uma revisão sistemática das literaturas existentes, com enfoque na eficácia da lisdexanfetamina em pacientes com déficit de atenção que fazem uso concomitante de antidepressivos tricíclicos e atípicos, este estudo tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tratamento farmacológico. Investigar a interação desses medicamentos visando a melhora do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, assim como suas comorbidades, com o propósito de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Método: O levantamento do estudo foi realizado por meio de pesquisas em bases de dados de pacientes com TDAH que fizeram uso de lisdexanfetamina em combinação com antidepressivos tricíclicos e atípicos. Os critérios de inclusão foram definidos levando em consideração a idade, o diagnóstico de TDAH e a duração do tratamento. Foram coletados dados sobre a dosagem dos medicamentos, frequência de administração, duração do tratamento, além de informações sobre a melhora dos sintomas do TDAH, efeitos colaterais e interações medicamentosas. Resultados e discussão: Após o estudo, podemos concluir que o uso de lisdexanfetamina em combinação com antidepressivos tricíclicos e atípicos é uma abordagem que pode ser considerada em situações clínicas específicas, como quando um paciente apresenta tanto TDAH quanto depressão, ou seja, essa combinação requer avaliação médica cuidadosa, monitoramento constante e uma abordagem individualizada para maximizar os benefícios e minimizar os riscos. Considerações Finais: De acordo com os artigos estudados, é compreensivo que a eficácia dessa combinação pode depender das condições médicas subjacentes do paciente e que alguns antidepressivos atípicos podem ter propriedades estimulantes leves, o que pode interagir com a lisdexanfetamina.